terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fortaleza está dominada pelas Drogas, principalmente o Crack.

Cerca de 30 mil pessoas são usuárias de crack em Fortaleza. É o que afirma o coordenador geral da Central Única das Favelas (Cufa) Ceará. O cálculo inicial foi feito com base nos dados coletados durante a produção do documentário "Selva de Pedra - A Fortaleza Noiada".
A violência provocada pelo crack foi denunciada pelo Diário do Nordeste, nas edições dos dias 13 e 14 de novembro últimos. Nas reportagens, a Cufa alertou que, em um ano e meio, na Grande Fortaleza, 1.700 jovens foram assinados e os crimes seriam em decorrência de dívidas com traficantes.

Além disso, como já havia sido divulgado anteriormente em matéria no Diário, o mercado da "pedra" é bastante próspero e chega a movimentar cerca de 750 mil reais/dia. "Estamos com um cálculo inicial de 30 mil usuários em Fortaleza e só para ter uma ideia do que isso significa no aspecto econômico, multiplique pela média de cinco pedras fumadas por usuário, teremos 150 mil pedras por dia, que vendidas a R$5,00, somam esse valor", afirma.
Segundo a Cufa, o crack invadiu Fortaleza há quase uma década e foi conquistando novos consumidores em todas as classes sociais e faixas etárias, provocando desde surtos de violência até a disseminação da Aids, hepatite e tuberculose.
Matéria do Diário do Nordeste.

Sou um adicto?

Só você pode responder a esta pergunta.
Isto pode não ser fácil. Durante todo o tempo em que usamos drogas, quantas vezes dissemos “eu consigo controlar”. Mesmo que isto fosse verdade no princípio, não é mais agora. As drogas nos controlavam. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas drogas.
Talvez você admita que tenha problema com drogas, mas não se considere um adicto. Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você comece a agir positivamente. Se você pode se identificar com nossos problemas talvez possa se identificar com a nossa solução. As perguntas que se seguem foram escritas por adictos em recuperação em Narcóticos Anônimos. Se você tem alguma dúvida quanto a ser ou não um adicto, dedique alguns momentos à leitura das perguntas abaixo e responda-as o mais honestamente possível.

Alguma vez você já usou drogas sozinho? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você substituiu uma droga por outra, pensando que uma em particular era o problema? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você manipulou ou mentiu ao médico para obter drogas que necessitam de receita? [ Sim ] [ Não ]
Você já roubou drogas ou roubou para conseguir drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você usa regularmente uma droga quando acorda ou quando vai dormir? [ Sim ] [ Não ]
Você já usou uma droga para rebater os efeitos de outra? [ Sim ] [ Não ]
Você evita pessoas ou lugares que não aprovam o seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já usou uma droga sem saber o que era ou quais eram seus efeitos? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez o seu desempenho no trabalho ou na escola foi prejudicado pelo seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você foi preso em conseqüência do seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez mentiu sobre o quê ou quanto você usava? [ Sim ] [ Não ]
Você coloca a compra de drogas à frente das suas responsabilidades? [ Sim ] [ Não ]
Você já tentou parar ou controlar seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já esteve na prisão, hospital ou centro de reabilitação devido a seu uso? [ Sim ] [ Não ]
O uso de drogas interfere em seu sono ou alimentação? [ Sim ] [ Não ]
A idéia de ficar sem drogas o assusta? [ Sim ] [ Não ]
Você acha impossível viver sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
Em algum momento você questionou sua sanidade? [ Sim ] [ Não ]
O consumo de drogas está tornando sua vida infeliz em casa? [ Sim ] [ Não ]
Você já pensou que não conseguiria se adequar ou se divertir sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já se sentiu na defensiva, culpado ou envergonhado por seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você pensa muito em drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já teve medos irracionais ou indefiníveis? [ Sim ] [ Não ]
O uso de drogas afetou seus relacionamentos sexuais? [ Sim ] [ Não ]
Você já tomou drogas que não eram de sua preferência? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você usou drogas devido a dor emocional ou “stress”? [ Sim ] [ Não ]
Você já teve uma “overdose”? [ Sim ] [ Não ]
Você continua usando, apesar das conseqüências negativas? [ Sim ] [ Não ]
Você pensa que talvez possa ter problema com drogas? [ Sim ] [ Não ]

Sou um adicto? Esta é uma pergunta que só você pode responder. Descobrimos que todos nós respondemos “sim” a um número diferente de perguntas. O número de respostas positivas não é tão importante quanto aquilo que sentíamos e a maneira como a adicção tinha afetado nossas vidas.
Algumas destas perguntas nem ao menos mencionam drogas. A adicção é uma doença traiçoeira que afeta todas as áreas de nossas vidas, mesmo aquelas que a princípio não parecem ter muito a ver com drogas. As diferentes drogas que usávamos não eram tão importantes quanto os motivos pelos quais usávamos ou o que elas faziam conosco.
Quando lemos estas perguntas pela primeira vez, assustou-nos pensar que poderíamos ser adictos. Alguns de nós tentaram livrar-se desses pensamentos dizendo:

“Ora, essas perguntas não fazem sentido.”
Ou
“Eu sou diferente. Eu sei que tomo drogas, mas não sou um adicto. O que tenho são problemas emocionais/familiares/profissionais.”
Ou
“Eu estou apenas passando por uma fase difícil.”
Ou
“Eu serei capaz de parar quando encontrar a pessoa certa/o trabalho certo, etc.!”

Se você é um adicto, precisa primeiro admitir que tem problema com drogas antes de fazer qualquer progresso no sentido da recuperação. Estas perguntas, quando respondidas honestamente, podem lhe mostrar como o uso de drogas tem tornado sua vida incontrolável. A adicção é uma doença que, sem a recuperação, termina em prisão, instituições e morte.
Descobrimos que, ao colocarmos a recuperação em primeiro lugar, o programa funciona. Enfrentamos três realidades perturbadoras:

Somos impotentes perante a adicção e nossas vidas estão incontroláveis;
Embora não sejamos responsáveis por nossa doença, somos responsáveis pela nossa recuperação;
Não podemos mais culpar pessoas, lugares e coisas por nossa adicção. Devemos encarar nossos problemas e nossos sentimentos.

A principal arma da recuperação é o adicto em recuperação.
Material do Narcoticos Anonimos (NA).

O que é Dependência Química?

A DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta" etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança... quando não o é!

"QUÍMICA" se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.

UMA DOENÇA: A Organização Mundial de Saúde reconhece as dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral.

UMA DOENÇA DE MÚLTIPLAS CAUSAS: As dependências químicas não têm uma causa única, mas sim, são o produto de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, sendo que, às vezes, uns são mais predominantes naquele paciente específico que outras. No entanto, sempre há mais de uma causa. Por exemplo, existe uma predisposição física e emocional para a dependência, própria do indivíduo. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, religiosos etc., que são conseqüência e não causa de seu problema. Portanto, as causas são internas, não externas. Problemas de vida não geram dependência química.

UMA DOENÇA CRÔNICA INCURÁVEL: O dependente químico, esteja ou não em recuperação, esteja ou não bebendo ou usando outras drogas, sempre foi e sempre será um dependente. Não existe cura para a dependência: nunca o paciente poderá beber ou usar outras drogas de maneira controlada. Como o diabete, não existe cura: sempre será diabético ou dependente.
**Sem tratamento adequado, as dependências químicas tendem a piorar cada vez mais com o passar do tempo e gera inúmeros problemas sociais, familiares, físicos etc.

UMA DOENÇA TRATÁVEL: Apesar de nunca mais poder usar álcool ou outras drogas de maneira "social" ou "recreativa", da mesma maneira que um diabético nunca vai poder comer açúcar em quantidade, o dependente, se aceitar e realmente se engajar no tratamento, pode viver muito bem sem a droga e sem as conseqüências da dependência ativa. É importante notar que qualquer avanço em termos de recuperação depende de um real e sincero desejo do paciente: ninguém "trata" o dependente se ele não quiser se tratar.

UMA DOENÇA FAMILIAR: O convívio com o dependente faz com que os familiares adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também se trate, e, ao mesmo tempo, receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos em relação ao dependente, o que fazer, o que não fazer, e sobre como proteger a si e aos demais membros da família de problemas emocionais causados pela doença do dependente. Muitas vezes, os familiares se assustam quando a gente fala que também eles necessitam de tratamento; ninguém quer ser chamado de doente. No entanto, todos os familiares de dependentes que encontramos durante nossa vida profissional nos relataram pelo menos alguma conseqüência ou problema relacionado à dependência de uma pessoa próxima. Do nosso ponto de vista, quanto mais tempo o dependente e o familiar levarem para admitir a real necessidade de ajuda, maior tempo sofrerão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Crack, nem pensar..

Crack é uma droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, sólida em forma de cristal, que pode ser fumada. A droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido a área de absorção pulmonar ser grande. Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa - bastando um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como lata de alumínio furada por exemplo.



O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob o efeito narcótico. Além do mais, outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o viciado facilmente doente.

O usuário de crack torna-se completamente dependente da droga em pouco tempo. Normalmente o viciado, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir aos desconfortos da síndrome de abstinência - depressão, ansiedade e agressividade - comuns a outras drogas estimulantes.

Após o uso, a pessoa passa a se tornar extremamente violenta, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois volta-se contra a sociedade em geral. As chances de cura são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições financeiras de custear tratamentos em clínicas particulares, ficando à merce do tratamento público de saúde (extremamente falho nessa área) ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum o usuário começar mas abandonar o tratamento. Embora seja tão potente quanto à cocaína, a maior causa de morte entre os usuários são as dívidas com os traficantes.

O uso do crack - e sua potente dependência - frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Pode vender tudo o que estiver a disposicao, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras, por dia.

Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia da cidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil.

O efeito social do uso do crack é o mais devastador, entre as drogas normalmente encontradas no Brasil. A droga arruina de tal forma a vida do consumidor do produto que, diz-se, no início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a entrada da droga, entretanto recentes reportagens demonstram que atualmente a realidade é bem diversa, e o entorpecente já é o mais comercializado nas favelas cariocas. Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas.

Um estudo[3] acompanhou 131 dependentes de crack internados em clínicas de reabilitação, e concluiu que usuários de crack correm risco de morte 8 vezes maior que a população em geral. 18,5% dos pacientes morreram após 5 anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência da aids.

Jovem pede para ser acorrentado para evitar consumo de crack.

A Polícia Militar foi acionada para atender o caso de um jovem que teria pedido à mãe para ser acorrentado para evitar que consumisse crack, na cidade de Guarujá, litoral paulista. As informações são da rádio Jovem Pan.

Ele foi encontrado pelos policiais sentado na sala, com uma corrente, que o permitia circular por toda a casa, presa à perna. Um homem que se identificou como pai do rapaz disse que procuraria a polícia para buscar tratamento para o filho, que não teria sido maltratado ou sofrido privações.

A situação está séria, isso é caso de saúde pública, os dados do alastramento dessa droga são alarmantes...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Participe também do Blog da Bela Vista

A Igreja Assembléia de Deus Bela Vista é a grande apoiadora do Instituto FAROL.

Conheça o Blog da Igreja: http://bvsede.blogspot.com/